Pedido de falência da Gibson? Veja o que realmente está acontecendo com a marca

A fabricante icônica de guitarras, Gibson Brands, já vem acumulando dívidas há algum tempo. Isso aconteceu após a empresa expandir sua atuação para o mercado de produtos eletrônicos, uma aposta que não deu certo. Estamos falando de quase meio bilhão de dólares em empréstimos, segundo o pedido de recuperação judicial que a empresa entregou ao Tribunal de Falências dos EUA, nesta terça-feira (1).

Mas calma, isso não quer dizer que a marca não estará mais no mercado. Entenda melhor abaixo!

A Gibson faliu mesmo?

Essa é a pergunta que não quer calar! Mas o que acontece é: a Gibson recorreu ao capítulo 11 do Código de Falência americano. Quando não há mais caminhos para pagar as dívidas e empréstimos, este recurso é como a última chance de reestruturar a empresa e planejar novas formas de pagamento de dívidas.

Isso quer dizer que, mesmo que o cenário esteja complicado para a marca, ela não está saindo da ativa. O plano da Gibson é parar de investir no negócio de produtos eletrônicos no exterior e focar, novamente, na produção de guitarras e outros instrumentos. Ou seja, voltar às origens que consolidaram a marca!

O CEO da Gibson, Henry Juszkiewicz, inclusive afirmou em um comunicado à imprensa que “esse processo será praticamente invisível para os clientes, que continuarão a se beneficiar de um produto e de um atendimento ao cliente inigualáveis”. A marca também se pronunciou nas redes sociais após a repercussão da notícia:

 

“A Gibson entrou ontem com um pedido de reestruturação apoiado no Capítulo 11 do Código de Falência americano. Isso NÃO significa que a Gibson está saindo do mercado. Significa que está reestruturando seu negócio para focar em guitarras e instrumentos musicais e se tornando uma companhia mais forte no processo.

Fiquem seguros de que não irá haver mudanças nas nossas políticas de garantia e devolução e que nós ainda estamos produzindo, vendendo e entregando as guitarras mais icônicas do mundo. Nosso relacionamento com vocês é importante para nós e estamos ansiosos pelo o que o futuro nos guarda. #onlyagibsonisgoodenough (Apenas uma Gibson é boa o suficiente)”

Como isso tudo aconteceu?

A verdade é que fica difícil afirmar algo em meio a tantas opiniões diferentes sobre o assunto. Alguns falam que o problema da Gibson está diretamente ligado à falta de interesse da nova geração no rock. Outros acham que isso tem relação com a diminuição da tendência de criação de novas bandas, que reflete diretamente nas vendas de instrumentos da marca – que já não eram como antes.

Quem sabe? Só o que podemos dizer com certeza é que a Gibson não se deu bem no mercado de eletrônicos (headphones, speakers e acessórios em geral). Em 2014, a empresa comprou o negócio de áudio e vídeo da Philips por US$ 135 milhões, porém o investimento não teve o retorno esperado. Além das vendas dos eletrônicos terem diminuído, a dinâmica de produção desses produtos exigia muito do fluxo de caixa da empresa. Com isso a Gibson acabou acumulando alguns credores, entre eles mais de uma empresa de private equity*, como a Melody Capital Partners, Kohlberg Kravis Roberts e Silver Point Capital.

*Private Equity pode ser traduzido como “ativo privado”. Ou seja, nada mais é do que empresas que compram ações de outros negócios que apresentem uma boa oportunidade para elas.

Então, vamos esperar pelos próximos capítulos e torcer para que tudo melhore para essa marca que fez parte da trajetória de vários músicos, inclusive lendas como Elvis Presley, Bob Marley, Eric Clapton e muitos outros. E você, o que achou dessa notícia? Deixe o seu comentário abaixo!

Fontes: Infomoney, G1 e Música e Mercado

 

 

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