Aplicativos de música são a luz no fim do túnel contra a pirataria?

Pirataria

Os aplicativos streaming de música (que funcionam por meio da transmissão contínua de dados) vieram para ficar. Spotify, Rdio, Deezer, Apple Music, iTunes, Amazon Music. Todos têm desempenhado um papel importante no combate à pirataria e também contribuído para reverter os lucros para artistas independentes.

Números da Federação Internacional da Indústria Fonográfica revelam que o streaming tornou-se a maior fonte de renda do segmento, com uma fatia de 38% dos lucros em 2017.

Depois de passar por alguns anos em franca queda nos ganhos, o mercado da música finalmente está se readaptando aos novos tempos. Hoje, são 176 milhões de usuários de aplicativos streaming em todo o mundo.

Essa forma de transmissão traz vantagens tanto para o usuário quanto para o músico, uma vez que não existem muitos intermediários. Ainda, 31% dos usuários de streaming não costumam fazer o download de conteúdo pirata, uma vez que estão dispostos a pagar pelo conteúdo.

Aplicativo Spotify

Pexels

Confira abaixo o retorno médio que um artista recebe a cada mil reproduções da sua música nos aplicativos (Fonte: The Trichordist).

  • Spotify: US$ 3,97;
  • Apple Music: US$ 7,83;
  • Pandora: US$ 1,34;
  • Google Play Música: US$ 6,11;
  • Amazon Music Unlimited: US$ 7,40;
  • Deezer: US$ 6,24;
  • Tidal: US$ 12,84;
  • Rhapsody: US$ 16,82;
  • YouTube: US$ 0,74;
  • Microsoft Groove
  • Music Pass: US$ 27,30

É interessante observar que houve um aumento considerável dos usuários de serviços streaming e os royalties cobrados por essas execuções acabam compensando os artistas, embora o consumo de música pelas formas tradicionais tenha registrado queda. Inclusive a venda de música por meios físicos, como CDs e DVDs, ainda está em segundo lugar, representando hoje 30% do faturamento da indústria, de acordo com o levantamento citado acima.

Mas, e mesmo com todas essas vantagens, será que os aplicativos streaming de música têm conseguido frear o mercado ilegal?

Brasil está em quarto lugar no ranking da pirataria

Infelizmente, não é o que os números mostram. Apesar dos serviços streaming trazerem maior facilidade para o consumo de vídeos e música, muitas pessoas ainda preferem adquirir o conteúdo de forma ilegal.

Uma pesquisa recente da consultoria britânica MUSO apurou que o Brasil é o quarto país que mais consome conteúdo ilegal no mundo, incluindo material televisivo, cinematográfico, musical e editorial.

Os formatos mais acessados em sites ilegais são programas de televisão, seguidos de música e cinema. No mundo foram registrados mais de 300 bilhões de visitas a sites de pirataria. Infelizmente, a fiscalização brasileira ainda não consegue coibir a disponibilização destes serviços.

E na sua opinião, os aplicativos streaming de música irão acabar com o mercado da pirataria? O que você tem observado? Deixe a sua opinião para nós, da Multisom, aqui nos comentários!

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